quarta-feira, 31 de agosto de 2011




Desenho, arte, vida.
Música como trilha sonora dos traços.
Quero sol e andorinhas, chuva doce com largos pingos.
Uma macieira nunca antes vista logo ao lado; Rio que corre em curvas.
Quero a inocência de um desenho de criança.
Com nuvens azuis, flores coloridas, tudo borrado a guache.
Quero casebres de estruturas abaladas e janelas tortas, mesmo assim de puro encanto.
Sem nenhum preconceito com a diversidade.
Pegue papel e caneta, olhe pra si mesmo e lembre-se que você também já foi assim!


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Já não se sabe de novo a base de tudo.
Sente-se medo do frio, medo do sol, das texturas.Só o que me acalenta é o som.
O som do frio, o som do sol, o ranger das texturas.
Já passou um ano desde o calar de uma vida.
Calou-se sorrisos, ouviu o som do choro, mas este também se calou.
Pensa-se na vida, se reflite sobre a morte.
Os desejos se confundem e se afogam na agonia.
A-go-ni-a. Água-nia.
Mia?
- Chora!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Espelho, espelho meu ...

Diante de uma foto sua, com todos seus defeitos e qualidades.
Com os desejos, medos e anseios expostos, as perguntas são :

Se você encontrasse essa pessoa na rua, o que ela te pediria? e o que você ofereceria a ela?


(...)

sábado, 6 de agosto de 2011

Poesia barata.

Depois de alguns goles de vinho,
algumas taças quebradas,alguns amigos deixados ao redor da sala pequena,
vem a mente a vontade de uma poesia.
Mas, poesia barata a bolonhesa, que suja a boca.
Daquelas que derrubam o vinho na roupa,
que embaraça os cabelos,
seca os lábios.
Quero rimas pobres, com cheiro de sexo.
A poesia da esquina,
que vem da música,do botequim,
da qual eu possa pagar com minhas moedas.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Sala de espera

Musak.
Interfone.
Telefone.
Revistas de informações inúteis.
Cochichos.
"Fulana, boa tarde" ouve-se repetidamente.
De repente a porta se abre,
silêncio ainda predomina,
todos se viram,
vez de quem? -- Alarme falso.
Alguns olhares são vagos, outros bem profundos.
Uns pensam na vida, outros "na morte da bezerra".
Os quadros se entreolham enquanto as pessoas desviam seus olhares uma das outras.
Ainda não descobri quem inventou a lei do silêncio total nas salas de espera.
Mais uma vez a porta se abre, é quando ouço meu nome pronunciado erroneamente;
Som agradável.
Já não aguentava mais a sala das falas engolidas.