terça-feira, 21 de dezembro de 2010

"[...]ontem chorei. Por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu. Por termos nos perdido. Pelo que queríamos que fosse e não foi. Pela renúncia. Por valores não dados. Por erros cometidos. Acertos não comemorados. Palavras dissipadas.Versos brancos. Chorei pela guerra cotidiana. Pelas tentativas de sobrevivência. Pelos apelos de paz não atendidos. Pelo amor derramado. Pelo amor ofendido e aprisionado. Pelo amor perdido. Pelo respeito empoeirado em cima da estante. Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda- roupa. Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados. Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois que hoje é já outro dia. Chorei. Apronto agora os meus pés na estrada. Ponho-me a caminhar sob sol e vento. Vou ali ser feliz e já volto."

Caio F.

palavras sábias,como sempre..

sábado, 18 de dezembro de 2010

Palavras abandonadas por um tempo,silêncio que predominada em silêncio.
Palavras remoidas por dentro,retorcidas,amassadas,se agitavam até escaparem uma a uma.
Diante de um fim.
Próximo de um recomeço.
Novos ares,novas esperanças.Se escondendo e buscando.
Procurando cada vez mais descobrir.
SE DESCOBRIR.
Em busca de algo que é uma constante mudança.Em busca de vontades e anseios.De uma verdade que ninguém sabe.
Busca de liberdade.
Liberdade de alma,
de coração,
de mente.

Fim.
Quase lá.
Recomeço..sempre tem um logo enfrente!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

"Que eu não perca a capacidade de amar, de ver, de sentir. Que eu
continue alerta. Que, se necessário, eu possa ter novamente o impulso
do vôo no momento exato. Que eu não me perca, que eu não me fira,
que não me firam, que eu não fira ninguém. Livra-me dos poços e dos
becos de mim, Senhor. Que meus olhos saibam continuar se alargando
sempre”.

Caio Fernando Abreu


"AMÉM"